Arquitetura da Destruição e a concepção nazista de arte

#PraTodosVerem: Hitler observa uma maquete sobre os novos prédios gigantestos que expressavam a ideologia nazista. 

 

Créditos da imagem: https://www.playpilot.com

"Arquitetura da Destruição" (1989) é um documentário sueco dirigido por Peter Cohen.
Diante da onda autoritária que avança pelo mundo é mais que recomendado.
Para os nazistas, a ideia da pureza da raça era fundamental para criar um mundo mais harmonioso. A arte nazista propaga esta nova estética de homem novo e de mundo perfeito conduzido pelo sangue puro.
Não é sem razão que a ideologia nazista se opôs ao racionalismo difundido pós Revolução Francesa, apelando para as emoções e sentimentos do povo em discursos inflamados. É claro que os nazistas se opuseram ao racionalismo para blindar o regime e impedir o questionamento, a dúvida, a crítica e o pensar por conta própria. Eles se colocaram na posição de paladinos dos sentimentos, dos desejos e dos sonhos do povo, o que foi reconhecido por parte a sociedade alemã.
E aí entra a arte nazista, cujos artistas eram tidos como intermediários que traduziam esses sentimentos em suas obras. O próprio Hitler utilizou seus dons artísticos na propaganda política nazista, seja nas bandeiras, nos uniformes e nos estandartes.
A arte e a arquitetura eram entendidas como um caminho para uma nova civilização. A ideia estética de ordem, de beleza, de copo puro ficavam evidentes nos desfiles cívicos transformados em espetáculo equivalente a encenação de uma ópera, na qual os alemães formavam um único corpo (o corpo do po2º Trimestrevo) coeso numa única vontade, que se une para eliminar todos os elementos nocivos e degeneradores (judeus, pessoas com deficiência, ciganos).
Retomam-se a arte clássica e as narrativas míticas da formação do povo. Toda arte moderna (chamada de judaica-bolchevique) era considerada degenerada e deveria ser destruída. 
Para os nazistas a arte era um espelho de saúde racial. Por isso, tinham como modelo as artes clássicas. Tomada numa nova ótica, o modelo da arte greco-romana expressava o desejo de todo povo na representação de sua raça pura.

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