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Mostrando postagens de julho, 2021

A Revolução de 1932 e a micro-história

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#pracegover: cartaz com 4 jovens soldados enfileirados. Atrás deles, tremulam as bandeiras do Brasil e do Estado de São Paulo. No cartaz está escrito: "Para completar o batalhão aliste-se M.M.D.C." Créditos da imagem: https://www.al.sp.gov.br A história dos acontecimentos problematizada e analisada em livros, nem sempre consegue revelar de que maneira pessoas simples viveram esses acontecimentos. Muitos historiadores se esforçam para recuperar essas vozes e investigar as sutilezas escondidas. Infelizmente, trata-se de uma tarefa difícil pela carência de fontes. Uma vez, a minha avó me contou suas lembranças da Revolução Constitucionalista de 1932. Ela tinha 8 anos. Toda vez que passava um avião no céu chamado por ela de vermelhinho, todas as crianças saíam correndo para se esconder debaixo da cama. Eram os aviões do governo de Getúlio. A segunda lembrança também é muito boa. A fazenda ficava a caminho da divisa entre São Paulo e o sul de Minas Gerais. Certa vez, passaram po

Mais poesia, menos gritaria

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Poesia pronta Se chega até nós se está escondida dentro da gente se flui quando se permite se é gestada e nasce em dores se é construída por dedicado labor se vem da carne que sofre ou se chega divinamente na alma não sei dizer Está comigo enquanto a tinta pelo papel caminha Depois, ao mundo pertence Meus outros poemas na Amazon

O culto à tradição no fascismo eterno

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#pracegover: foto de Umberto Eco. Sua barba é branca. Usa chapéu e óculos. Créditos da imagem: https://brasil.estadao.com.br/blogs/macaco-eletrico/desculpe-umberto-eco/ A primeira característica do eterno fascismo apresentada por Umberto Eco em sua conferência denominada "Ur-fascismo" realizada 1995 é o culto à tradição ou o tradicionalismo. Esse tradicionalismo é comum em correntes religiosas. Por exemplo: parte do catolicismo na França adotou uma postura tradicionalista como resposta à ação revolucionária contra a Igreja durante a Revolução Francesa. No entanto, Umberto Eco ressaltou mais o tradicionalismo surgido ainda na Idade Antiga  como uma reação ao racionalismo grego. Basicamente, consistia na crença de que haveria revelações misteriosas presentes desde as origens da humanidade. Trata-se de um conhecimento místico, por muito tempo oculto, cujos adeptos seriam capazes de ler as alegorias sobre essa verdade, muitas vezes presente de forma sincrética em coisas muito dif

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