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Mostrando postagens de novembro, 2020

O povo e a ralé em Hannah Arendt

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Créditos da imagem: https://www.dhm.de/lemo/biografie/hannah-arendt A atualidade de Hannah Arendt para a compreensão da sociedade hodierna chega a ser surpreendente. Segundo a autora, o povo e a ralé não podem ser confundidos. Enquanto o povo, em todas as grandes revoluções, luta por um sistema realmente representativo, a ralé brada sempre pelo “homem forte”, pelo “grande líder” (Origens do Totalitarismo). Ainda que distintos, são facilmente confundidos, pois a ralé reúne "resíduos de todas as classes", ou seja, não se trata de um nicho social específico ligado ou pela renda, classe social, escolarização, ou pela etnia. A ralé é um "refugo de todas as classes". O que une essas pessoas no conjunto ralé é o ódio à representação política (instituições, congresso, parlamento, partidos) e o ódio à sociedade, pois se sentem excluídas de alguma forma. Sobretudo, a ralé odeia grupos específicos. Esse ódio à sociedade e à representação política, faz com que a ralé se mova pa

Os intelectuais e a cidade medieval.

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Créditos da imagem: https://www.bbc.co.uk/programmes/b00zf384 Um assunto recorrente nos livros didáticos quando abordam a Idade Média é o renascimento comercial e urbano.  No século XII, as cidades floresceram na Europa. E com elas, a circulação de pessoas, de produtos e de ideias. Dentre as diferentes profissões típicas do espaço urbano, muitas delas organizadas em corporações de ofício, há uma curiosa e pouco falada: o intelectual. Isso mesmo! Ele pertencia a um grupo social inserido nessa divisão do trabalho urbano. Para o historiador Jacques Le Goff, o intelectual na Idade Média era um homem que ganhava a sua vida vendendo palavras, ou seja, vivia ensinando e escrevendo. Essa era a sua profissão: ser professor e sábio. Assim, o intelectual medieval nasceu junto com a cidade. Seu lugar de trabalho era a universidade.  O curioso é que sempre estudamos que os homens do Renascimento eram modernos e reverenciavam a cultura clássica. Bem, é verdade. Porém, o que não nos ensinam, é que os

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