Como era viver em Tenochtitlán, capital dos Astecas

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Guiados pelo deus Huitzilopochtli, os astecas caminharam por muitos anos em busca de um sinal que indicasse onde deveriam construir a capital do seu Império. Em 1325 viram em uma pequena ilha do lago Texcoco uma águia pousada num cacto devorando uma serpente. Eis o sinal! E assim foi fundada Tenochtitlán.

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Estima-se que em 1519 na chegada dos espanhóis liderados por Cortez, a cidade possuía 200 mil habitantes!
Todos recebiam educação. Porém, esta educação era diferente para os nobres, já que eram preparados para dirigir o império. Até as meninas eram educadas, ainda que separadas dos meninos em estabelecimentos especiais.
Depois dos guerreiros, os comerciantes tinham prestígio por trazerem produtos de todos os lugares, o que requeria muitas viagens perigosas por toda a Mesoamérica. Os astecas não usavam moedas de ouro ou prata, mas favas de cacau em suas relações comerciais. Depois, vinham os artesãos que tinham um papel importante na arte. A maior parte do povo, gente comum, vivia com dignidade. Tinham um terreno suficiente para a casa e para o cultivo. Recebiam alguns alimentos e vestimentas. Pagavam impostos, prestavam o serviço militar e eram periodicamente convocados para serviços públicos (limpeza, construção de templos, estradas, pontes, etc). Contudo, em condições normais, os homens se dedicavam à plantação e as mulheres aos cuidados da casa, do tecer e do preparo dos alimentos.
O milho estava na base da alimentação. Contudo, em Tlatelolco, cidade gêmea de Tenochtitlán, havia um grande mercado muito bem organizado em setores (comidas, vestimentas, cerâmicas e prestação de serviços como herboristas, boticários e barbeiros).

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Em Tlatelolco a população poderia comprar uma infinidade de produtos como legumes frescos, vários tipos de milho e de feijão, pimentas, cebolas, sal, mel, animais como patos, perus, coelhos, peixes, camarões e rãs. E pasmem, filhotinhos de cachorro eram muito apreciados. Além disso, a população também comia formigas, vermes de cacto e moscas.
Já o imperador, segundo relato do Frei Bernardino de Sahagún, possuía um cardápio mais refinado:
"No almoço, eram apresentados mais de 300 pratos ao imperador: peixes de rio e de mar, lagostins, rãs, faisões, perdizes, perus, patos, cabritos monteses e outras caças maiores, pombos, lebres, coelhos, girinos, formigas, gafanhotos. As maneiras de prepará-los eram igualmente variadas: cozidos, assados, em molho de pimenta amarela, guisados com pimenta vermelha, com tomates, com molho de pedacinho de abóbora, acompanhados de frutas".
Pois é. Cortez e seus soldados foram muito bem recebidos e tratados por Montezuma em seu palácio. Até que...

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