História em Debate: Cotas raciais nas Universidades
Em março de 2005, Luís Nassif em sua coluna na Folha de S. Paulo defendeu a ausência das cotas raciais nas universidades públicas. Isto deu um bafafá...
Em 2006, um grupo de intelectuais elaborou um manifesto contra a aprovação dos projetos da Lei de Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial. Esta atitude resultou num novo manifesto, agora dos defensores do sistema de cotas nas universidades.
Vejam um trecho dos manifestos:
Em 2006, um grupo de intelectuais elaborou um manifesto contra a aprovação dos projetos da Lei de Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial. Esta atitude resultou num novo manifesto, agora dos defensores do sistema de cotas nas universidades.
Vejam um trecho dos manifestos:
- Se os projetos forem aprovados, a nação brasileira passará a definir os direitos das pessoas com base na tonalidade de sua pele, pela raça.
- Políticas dirigidas a grupos raciais estanques em nome da justiça social não eliminam o racismo e pode produzir o efeito contrário, dando respaldo legal ao conceito de raça e possibilitando o acirramento do conflito e da intolerância.
- O principal caminho para o combate à exclusão social é a construção de serviços públicos universais de qualidade nos setores da educação, saúde e previdência, em especial, a criação de empregos.
- Foi a constatação da extrema exclusão dos jovens negros e indígenas das universidades que impulsionou a atual luta pelas cotas.
- Para que as universidades públicas cumpram a sua função republicana em uma sociedade multiétnica e multirracial, deverão refletir as porcentagens de brancos, negros e indígenas do país.
- As cotas incidiriam em apenas 2% do total de ingressos no ensino superior.
Comentários
entender que, sem as cotas, os negros e indígenas não poderiam ter
igualdade de acesso, o que significa subestimar a capacidade deles. A solução
está em oferecer educação de qualidade (gratuita)para todos.
gabriel 2série B n°12
Eu sou contra as cotas racias por que se o branco tem direito de estudar numa universidade por que o negro ou indigena não poderam estudar na mesma universidade q os outros.
E também deve haver igualdeda e principalmente respeito ao próximo
nome:Juliane A. Santos n. 21 2B
Esses que conseguem isso, são pessoas que batalharam para conseguir.
Muitos são excluidos, não só os negros, mas também os indigenas!!!Para esses terem diretios iguais,é preciso q uma porcentagem de pessoas negras e indigenas seja igual a de pessoas brancas. Fazendo isso, apenas 2% das pessoas fizeram isso.
e cada um tem uma opinião e ninguem é perfeito
então todos tem que respeitar a opinião de cada um sem ter preconceito e racismo por isso sou contra os racistas
Os negros foram escravizados a anos e já foram libertados, porém ainda não foram estabilizados em nossas sociedade.
Embora as dificuldades sejam muitas, os negros estam se elevando na sociedade cada vez mais.
Com seus proprios esforços estam conquistando espaço caada vez maior.
São pessoas como todos, por isso não precisam dessas vagas "especiais", pois com isso estamos desacreditando em seu potencial e em suas habilidades proprias, comoetendo assim preconceito e descriminação.
Agora na minha opinião a respeito contra as cotas nas universidade eu concordo plenamente com que foi dito ao longo do texto e sobre a favor das cotas eu não concordo muito não.
Porque??
Negros são menos inteligentes que as outras raças ?
Vlw 2°B
suellen 2°B n:37
Ridículo essa situação " Cotas Raciais", pq negros e indígenas, tem tanta capacidade quanto nós brancos...
Somos todos iguais e ninguém é melhor que ninguém, na minha opinião o negro tem tanto direito quanto um branco....
O governo tinha que abrir portas pra aqueles que realmente querem estudar e não em questão de cor racial.
Acho que,o governo deveria parar de,"tapar o sol com a peneira" e investir em projetos que visem a melhoria das condições de vida, começando com certeza na área da educação, onde ensino de qualidade com certeza garantia a todos as mesmas chances, não só nas universidades mas também no meracdo de trabalho, onde as melhores vagas e melhores salários são dados a quem tem nível superior.
Tamires 2ºB nº38
Não sou totalmente contra esta tal cota mais nao gostaria de ser tratada assim.
igualdade de acesso.
nessa hora é que eles deveriam abrir os olhos.. e ver que o preconceito exite
Todos tem direitos iguais e ninguém é melhor que ninguém
por isso eu acho q e uma grande besteira essa coisa de preconceito....
e as pesoas devia ser mais concientes e nao jugar as pessoas apenas por aparencia...
sow...
vlw...
se eles qurem igauldade a outras raças tem que ser igualdade em todos sentidos.
tamo ai na atividade!!!!
É como se as pessoas pensassem
que os negros não são capazes
de conseguir entrar em uma universidade apenas pela sua cor
como se ela fosse influenciada pela sua cor.Acho isso uma falta de respeito!!!!!!!!!!
mau prof postei errando
sobre essas cotas raciais eu acho uma grande injustiça., todos nos temos o direio de estudarmos em facudades de grande porte ,,
temos capacidades suficientes de prestar um vestibular igual a raça branca...
Sou contra sim ,deve haver igualdade para todos ,onde ninguem haveria preocupação com a cor que tem .Só porque é negro quer dizer que é burro ou coisa do tipo ? ,a capacidade deles é completamente igual ,não ha diferença ,só cor .
Cesar Kamiya 2ºA nº 17
Todos possuimos bocas ,olhos e braços, e uma cor de pele nao faz ninguem melhor que ninguem ,eles nao deveriam julgar se um e mais escuro que os outros ,e sim por sua capacidade de conseguir as coisas por si proprios , pela sua capacidade e nao por uma cor de pele. o pronceito vem de eles pra eles, pois porque é preconceito se falamos aquele 'negrinho' ? e nao e quando falam aquele 'branquinho' ?
Se olharmos nas universidades 98% são contituidos de brancos e os outros 2% por negros,indigeneas e etc...
Mas como podemos acabar com o racismo?se a verdade e que ate os negros tem um certo preconceito com eles proprios essa e a pergunta que fica no ar e não nos deixa calar.
Dilevando martins
N° 45 Serie 2°A
nome;bruno fernando
numero;2A
Jessica
2°A n°29
Assim melhorando a qualidade da educação gratuita nas universidades.
Carlos n-15 2A
Assim melhorando a qualidade da educação gratuita nas Universidades
Carlos n-15 2A
Esta proposta se encarada com seriedade merece de todos nós aplausos e apoio. Embora não acredite que venceríamos todos os problemas sociais apenas com a democratização da estrutura educacional brasileira, devo reconhecer que seria um passo importante para desmontarmos parte do apartheid social e racial existente. Seria fantástico se pudéssemos ter nossas escolas públicas funcionando dessa forma e ver nosso filhos tendo a oportunidade de aproveitar desse direito básico estabelecido constitucionalmente.
Entretanto, se fizermos uma digressão histórica veremos que esta proposta de educação é filha de uma época determinada, e mais, de uma estrutura de Estado determinada. Um Estado que surgiu a partir de um acordo de classes instituido numa Europa arrasada pela 2 Guerra Mundial e sob a ameaça da expansão soviética. Nestas circunstâncias, uma burguesia débil e temerosa aceitou melhorar as condições de vida da população em geral, em troca do abandono, por parte dos trabalhadores, dos ideais comunistas e da sua militância em partidos operários. Daí nascem a social-democracia e o Estado do Bem-Estar Social, o "Welfare State", que pretendia prioritariamente combater a miséria e garantir direitos como moradia, saúde, educação, previdência e o emprego. Após a instauração desse acordo temos, como bendisse Hobsbawn, "os 25 anos áureos do capitalismo".
Hoje, infelizmente o "Welfare State" vem sendo destruído pela burguesia, e o que restou em muitos países são escombros. Basta observarmos o exemplo francês que recentemente passou por uma grave crise com a revolta de jovens imigrantes contra a situação atual, sobretudo, do sistema educacional francês e a falta de oportunidade de empregos e sua conseqüente precarização. Na Europa, somente os países nórdigos mantêm a duras penas e sob forte crítica burguesa e com muitos desvios a estrutura construída a partir do "Welfare State".
A nova centralidade do Estado, estabelecida a partir dos governos Thatcher e Reagan e que se universalizou com a derrubada do muro de Berlim e a queda da URSS privilegia não mais a atenuação das desigualdades, mas pelo contrário, o aumento delas, introduzindo a competição como um fator de progresso para toda a sociedade. Em suma, o neoliberalismo, a que estamos submetidos tirou da página da história do capitalismo qualquer retorno as proposições sociais-democratas e de seu Estado do Bem-Estar. Neste sentido, qualquer sugestão, no âmbito do capitalismo, em particular brasileiro, levando em consideração o histórico de atrocidades cometidas por nossas elites, que apresente a educação como saída se converte em engodo, em falácia, em ideologia pura.
Historicamente, o movimento negro e os movimentos sociais no seu conjunto vêm discutindo a problemática racial e propondo soluções para essa questão. Reconhecemos a luta pelo socialismo como um aspecto fundamental para transformar esta realidade. Contudo, não podemos deixar de lado os elementos específicos que enfrentamos.
Há muitos que vêem as ações afirmativas como proposições equivocadas e como remissão do capitalismo para um de seus problemas estruturais, visto que onde há capitalismo, há racismo. Mas temos que vê-las de outra forma, como proposições nossas, surgidas a partir de nossos enfrentamentos e como conseqüência deles. Há bastante tempo, o movimento negro, com a solidariedade de outros movimento sociais, traz a reparação racial como elemento essencial de nossa luta e è importante que não esqueçamos disto. Precisamos compreender que esta proposta sai das entranhas do movimento, de nossos embates, de nossas tensões, de nosso choro, alegrias e sofrimentos. Querem nos convencer de que essa proposta é alienígena, estrangeira, anglófila, mas isso não e verdade.
Por fim, gostaria de lembrar que há um Estatuto da Igualdade Racial a ser votado no Congresso Nacional e de que precisamos, antes de tudo, de unidade nesta guerra, e que sem ela, não chegaremos a lugar algum, é fundamental convencermos a sociedade brasileira de que teremos um país melhor e mais justo se conseguirmos aprová-lo.
www.pelenegra.blogspot.com