TV Cultura e minha formação

Eu cresci assistindo Bambalalão e na minha pré-adolescência adorava o Revistinha. Hoje, sou historiador não tanto por influências de professores que tive, mas pelos documentários sobre as culturas de diferentes povos e pelos programas com temáticas históricas que sempre vi na TV Cultura. Lembro-me do Tribunal da História, do Jornal da História, do Arqueologia, de diversos Especiais e dos fantásticos programas de entrevistas. Tudo despertava tanto encanto em mim, que a minha decisão em fazer História foi muito segura.
Aliás, a TV Cultura foi muito importante para que eu entrasse em uma Universidade pública. Assisti o Vestibulando por três anos seguidos e tenho todas as aulas anotadas com detalhes!!! Loucura, né? Mas, sempre estudei em escola pública e não tinha dinheiro para pagar um cursinho pré-vestibular. Nem me fez falta, graças ao Vestibulando.
Já na USP, fiquei emocionado sendo aluno da professora Maria Aparecida de Aquino que apresentou o Anos de Chumbo (não perdia um). No final de uma aula comentei com a professora Aquino que eu tinha sido um dos seus telealunos e não imaginava que um dia poudesse ser aluno dela de verdade. Ela, simpática como sempre, me respondeu de forma muito modesta, virtude dos grandes mestres: "Você ser meu aluno não tem tanta importância. O que importa é que você estuda História".
Hoje, a TV Cultura ainda atua em minha formação e é muito bom ver os meus filhos Francesco (3 anos) e o Bernardo (1 anos) se divertindo e aprendendo tantas coisas com a programação infantil.

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