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Mostrando postagens de janeiro, 2008

São Paulo durante a noite

Belíssimas fotos noturnas da cidade de São Paulo. Dêem uma olhada!

Aniversário de São Paulo, meu amor

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Houve uma época em que São Paulo era cidade pequena, bem mais acolhedora e aconchegante. O trabalho era farto. Tudo estava por construir. No lugar do asfalto e do concreto havia grandes chácaras e sítios que com o tempo foram transformados em bairros e vilas. Houve uma época em que São Paulo tinha vida simples, nada de coisas dramáticas ou grandes tragédias anunciadas em jornais. Era a terra da garoa, terra dos estudantes de Direito, dos poetas românticos que se entregavam aos saraus e à boemia noturna iluminada inicialmente, à luz de gás. Houve uma época em que a vida em São Paulo era calma. Os trilhos dos bondes recortavam toda a cidade. Ah o bonde... que sensação agradável passear de bonde... silencioso, ele deslizava calmamente por entre as ruas, esquina após esquina, sempre com aquela brisa suave no rosto. Nele, amigos se encontravam e desconhecidos se cumprimentavam cortesmente. Houve uma época em que os rios de São Paulo corriam em seu curso natural serpenteando a cidade. Neles

O apito do trem

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Créditos da imagem: https://www.estacoesferroviarias.com.br/m/fotos/mguacu961.jpg Semana passada assisti a um documentário na TV Cultura sobre o abandono das ferrovias no Estado de São Paulo. Muito triste... Tive muitas lembranças. No interior, eu morava próximo a Ferrovia Baixa Mogiana. De casa, eu escutava o apito do trem e subia em uma mureta para vê-lo passar. O trem mais bonito era o de passageiros. Os seus vagões eram azuis e nós o chamávamos de "bandeirante". Quando criança, quase todos os dias no fim da tarde, minha mãe ou meu avô me levava para ver o trem e fazer tchau para o maquinista. Eu ficava contando os vagões... como não querer ser maquinista? Aquilo despertava tanto encantamento em mim! O tamanho, o barulho, o tremer do chão. Como era bom se equilibrar nos trilhos ou ver os vagões sendo manobrados no pátio . Lembro-me da imensa ponte sobre o Rio Mogi Guaçu, das viagens que fizemos até São Simão, do ficar sentado no banco da estação, do túnel, do chacoa

Dia de Reis ou Dia de Magos

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Aqui em casa, temos o costume de presentear as crianças não no dia do Natal, mas na Epifania ou Dia dos Reis Magos. Afinal, foi este o momento em que o menino Jesus foi presenteado. Acontece que esta festa comemorada pelos cristãos é um grande exemplo de como a tradição popular acaba por dar novos contornos e um novo brilho a uma celebração religiosa. A narração do nascimento de Jesus nos Evangelhos nada fala de Reis que vieram adorar o menino. O relato é sobre magos: "Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, no tempo do Rei Herodes, eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém". Nada de Reis... Os sermões dos Padres da Igreja nos primeiros séculos mantiveram-se fiéis a este relato. A interpretação corrente era que as nações (os pagãos) reconheceram o menino Deus na figura dos magos. Os presentes não passavam de símbolos: ouro - a realeza de Jesus incenso - a sua divindade mirra - os sofrimentos da paixão de Cristo A tradição popular medieval não apenas transformou os magos e

A falácia da sustentabilidade

Talvez seja rabugice minha, mas não gosto da palavra sustentabilidade. Numa época em que a Amazônia vai se acabando e o aquecimento global vem para ficar, sustentabilidade é a palavra do momento. Claro que não sou contrário ao desenvolvimento sustentável, mas a forma como a palavra é utilizada é que me encomoda. E por isso, passei a não gostar dela. Penso que o termo sustentabilidade fica cada vez menos ambiental ou ecológico e cada vez mais mercadológico, meio para ganhar dinheiro. É assim que a palavra aparece nos anúncios de grandes corporações produtivas e financeiras. Os bancos são um grande exemplo disso. O setor que mais lucra neste país de miseráveis anuncia escandindo os dentes seus projetos em prol da sustentabilidade. Verdadeiras esmolinhas comparadas aos seus ganhos exorbitantes. Sustentabilidade se tornou uma espécie de investimento que garante lucro, melhora a imagem da instituição e deduz impostos. Ano passado, a International Paper (a que fabrica o chamex) fez um concur

São Silvestre: santo corredor?

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O ano esportivo se fecha com a tradicional corrida de São Silvestre. Ela foi idealizada pelo jornalista Casper Líbero em 1924. Quando criança, eu achava muito estranho uma corrida com esse nome, mas sempre me imaginava correndo nela uma dia. Pois é, teve uma época em que eu queria ser corredor... (me tornei professor: e como todo professor, corro de um lado para o outro). Depois, um pouco mais crescido, descobri que o tal Silvestre não foi corredor ou atleta. O nome da famosa corrida se explica pelo dia em que ela se realiza: 31 de dezembro, dia de São Silvestre. Isso é lógico, mas não era para uma criança que gostava mais de pensar e imaginar outras possibilidades mais encantadoras para esse nome esquisito. Muitos anos se passaram e na faculdade descobri que São Silvestre I foi um papa muito importante entre os anos 314-335. Consta que Silvestre contribuiu para o desenvolvimento da liturgia da igreja e elaborou o 1º martirológico cristão. Mas há muitas lendas sobre a figura deste pa

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