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Mostrando postagens de maio, 2006

Garoto Gorfadinha em: Morte aos ratos!!!

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Garoto Gorfadinha - Estou aqui na Ilê-de-France onde mais da metade da população já morreu pela peste. É um caos total pessoal! Quem não está vivo, está morrendo! Como fede esse lugar... Vou tentar falar com alguém. Pô pessoal, vocês não entendem que o problema está no rato? É a pulga dele que transmite a doença!!! Monge beneditino - Deixe de bobagem menino. Isto é um castigo de Deus pelos nossos malditos pecados. A IRA DIVINA É A CAUSA DESTE MAL!!! Ferreiro - Que castigo nada! É coisa dos LEPROSOS que contaminaram o ar! Comerciante - Não! São os JUDEUS que contaminaram a água que abastece a cidade! Garoto Gorfadinha - Calma pessoal, não é nada disso... Universitário - Eu, que estudo na Universidade de Paris, devo concluir que se trata de uma confluência cósmica. Os ASTROS... Velha rabugenta - Cale essa boca, seu almofadinha... Me ajuda aqui com esse corpo! Universitário - Digo a verdade, minha senhora. Júpiter, Saturno e Marte estão alinhados. Esta é a causa do grande mal... Garoto

Febre, espirros e tosses

Já pensou como as doenças conseguem mudar a História. Todos já ouviram falar da Peste Negra, não é mesmo?A Peste Negra, originária da Ásia, entrou na Europa pela Itália em 1347. Ela foi trazida pelos comerciantes genoveses. O resultado foi traumático. O rápido contágio e a morte imediata causavam pânico na população. Embora seja muito difícil especificar quantas pessoas morreram por essa doença, houve uma drástica queda demográfica na Europa. Isto acentuou a crise européia conhecida como Crise do Século XIV. Os primeiros sintomas da Peste Negra eram febre alta, náuses e forte cansaço. Este termo Peste Negra fazia referência às hemorragias escuras que surgiam na pele. Também é conhecida como peste bubônica, pois provocava inchaços (bubos) na garganta e axilas. Havia também uma variação pulmonar da doença.

Garoto Gorfadinha entrevista Urbano II

Garoto Gorfadinha, nosso super-herói, conseguiu entrevistar o Papa Urbano II logo após ele ter convocado uma Cruzada para o Oriente. Vejam que sensacional! Garoto Gofadinha - Santidade, o que levou o senhor a fazer esse discurso? Papa Urbano II - Bem, nos últimos tempos temos recebido notícias ruins a respeito dos cristão do Oriente. Os turcos muçulmanos estão ameaçando Bizâncio. Os cristão são hostilizados e os santuários invadidos por eles. As informações sobre Jerusalém também são preocupantes. Os muçulmanos profanaram os lugares santos do cristianismo. Até mesmo os peregrinos não conseguem visitar os locais sagrados pois são impedidos. Nós, cristão do Ocidente, não podemos fechar os olhos diante do sofrimento desses nossos irmãos. Além do mais, o imperador bizantino Aleixo, nos solicitou ajuda militar. Garoto Gorfadinha - O que o senhor vai fazer? Papa Urbano II - Como você ouviu, exortei os fiéis a marcharem para Jerusalém. É nosso dever ajudar os cristãos do Oriente

As Cruzadas vista pelos árabes

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Créditos da imagem: Clio Texte - Les Clionautes Os cristãos partiram para a Cruzada convictos de estarem obedecendo a vontade de Deus. Inicialmente, é certo afirmar que o motivo da Primeira Cruzada foi religioso: retomar o túmulo de Cristo sob domínio dos muçulmanos. Porém, quando estudamos história, não devemos nos esquecer que um mesmo acontecimento provoca impactos diferentes nos grupos humanos. Assim, é sempre bom investigar a história em diferentes ângulos. Como será que os muçulmanos viram esse acontecimento? O que eles pensavam das Cruzadas? Os árabes se referiam aos cruzados como invasores. Eles o chamavam de franj , já que muitos eram francos (franceses). Em princípio, os cruzados encontraram certa facilidade para realizar as suas conquistas, pois não havia uma unidade entre os sultãos. Embora muçulmanos, muitos eram inimigos entre si. Então, cada sultão lutava sozinho contra o exército dos franj . Os próprios árabes demoraram cinquenta anos para se organizarem e

Como começou a Primeira Cruzada

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#PraCegoVer O papa Urbano II em pé em púlpito convoca a primeira cruzada. Sentados ouvindo o papa estão nobres, clérigos e gente do povo. A Primeira Cruzada foi convocada durante o Concílio de Clermont realizado entre os dias 18 e 28 de novembro de 1095. As palavras do Papa Urbano II foram relatadas por cinco cronistas: Roberto, o monge; Baudri de Dol; Fulcher de Chartres; Guiberto de Nogent; Guilherme de Malmesbury. O problema é que todos escreveram seus relatos alguns anos após o concílio. Assim, é possível que algumas coisas tenham sido acrescentadas ao discurso do Papa mediante os primeiros resultados da cruzada. Outro problema é que as versões dos cronistas variam de uma para outra. Porém, é certo que as palavras do papa causaram impacto e despertaram um grande entusiasmo nos ouvintes que gritavam: “Deus o quer!” Após o discurso de Urbano II, clérigos e guerreiros se ajoelharam diante dele pedindo permissão para participar da guerra. O papa continuou percorrendo a Gá

Por que comemos bolo em festa de casamento

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Crédito da imagem: Party City Durante a apresentação de um seminário na faculdade sobre Religião Romana, uma colega respondeu essa pergunta. Ela explicou que devemos esse costume romanos!!! Na Roma Antiga, ao formalizar o contrato de casamento, a noiva deixava de pertencer a família de seus pais e passava a pertencer a família do noivo. A maneira de ritualizar esse procedimento era mais ou menos assim: a mãe da noiva preparava uma refeição para a filha. Esta, recusava o alimento que a mãe lhe oferecia. Isso era o rompimento com a sua família. O noivo levava sua donzela para a casa de seus pais. Lá, a sogra esperava os dois pombinhos com um bolo preparado por ela, o bolo da noiva. Ao chegarem, a mãe do noivo oferecia um pedaço do bolo à moça que prontamente aceitava. Com esse gesto ela passava assumia sua nova família.

Cinema: um Coliseu moderno

Por que os romanos iam ao Coliseu? Para se divertirem, é claro. Mas saber que essa diversão era provocada pelo derramamento de sangue e pela violência dos gladiadores, pode nos deixar chocados. Como sentir prazer em presenciar a morte de outra pessoa? E os animais? Certamente, os ecologistas ficariam com arrepios diante dos inúmeros animais sacrificados na arena! Bom, hoje é muito comum a TV e os jornais darem destaque à violência nas grandes cidades. Ela é tão forte que temos medo de sair nas ruas, de parar o carro nos semáforos e, tememos, até mesmo as crianças que se aproximam de nós. Para aqueles que cometem violência esperamos punição exemplar. Quanto mais cruel o crime, mais justiça desejamos! Se nos indignamos tanto com a violência que nos rodeia, porque os romanos se divertiam com ela? Primeiramente, é preciso pensar se a violência somente é algo próprio de monstros assassinos ou loucos desajustados. Na verdade, todos nós temos uma medida de violência e de alguma forma

Coliseu: eu já fui lá!!!

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Crédito da imagem: 123RF.com "Enquanto houver o Coliseu, haverá Roma; o dia em que não houver mais o Coliseu, Roma também não existirá”. Beda, o venerável (séc. VIII). Em 72 d.C., o Imperador Vespasiano iniciou a construção de um local para espetáculos. O Coliseu podia abrigar 50 mil pessoas. Tito inaugurou o edifício no ano 80 com uma grande festa que durou 100 dias. Nela, 5 mil feras vindas de várias partes do Império foram sacrificadas nos jogos comemorativos. Os jogos faziam parte da política dos Imperadores de fornecer alimento e diversão para conter a população. Esses espetáculos eram muito violentos e até cruéis. As lutas podiam ser entre gladiadores (geralmente escravos) que lutavam entre si ou com animais na arena. De qualquer forma, lutava-se até a morte. Na arena do Coliseu também se simulava batalhas navais e, embora não fosse muito comum, a matança de homens e mulheres pelas feras (tigres ou leões), acontecia. Os cristãos foram martirizados dessa maneira.

História em Debate: Amizade

Para os gregos e os romanos antigos, a AMIZADE é o que há de mais necessário para a vida. O ambiente escolar é muito propício para a amizade. Entretanto, para que ela exista, não basta apenas convivermos com as pessoas. você está convidado a dizer o que pensa sobre este tema e a analisar o que outras pessoas já pensaram sobre isso. “Dos que desejam o bem do outro, dizemos que são apenas benévolos se não há o mesmo sentimento da parte do outro, pois é só quando a benevolência é recíproca que dizemos que é amizade (...). É preciso que haja benevolência recíproca e que cada um queira o bem do outro sem que isso seja desconhecido a qualquer um deles”. Aristóteles , Ética a Nicômaco . “Só posso exortar-vos a preferir a amizade a todas as coisas humanas, pois nada é tão conforme a natureza e tão conveniente nas diversas situações, quer favoráveis, quer adversas. Como podes viver uma vida que não se apóie na benevolência de um amigo? Pode haver algo mais doce do que ter alguém com quem

Aonde a vaca vai, o boi vai atrás

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Créditos da imagem: https://www.planocritico.com/critica-nem-que-a-vaca-tussa/ Os portugueses quando chegaram aqui, demoraram para povoar o interior do Brasil. Eles preferiam ficar junto ao litoral próximos do mar extraindo o pau-brasil e depois cultivando a cana-de-açúcar. Foram as vacas e os bois - que corriam atrás - que contribuíram para a entrada do europeu no sertão. Partindo da Bahia, eles formavam fazendas de gado nas proximidades do Rio São Francisco. Outros penetravam no território a partir de Pernambuco. O vaqueiro que cuidava da fazenda, após alguns anos recebia do dono (que morava no litoral) algumas crias como pagamento. Aí, ele solicitava ao governador um outro local para tocar seu próprio negócio. Assim, se caminhava cada vez mais para o interior da colônia. As vacas e os bois - que corriam atrás - tinham de ficar no mínimo a 10 léguas (mais ou menos 48 quilômetros) longe da costa para não devorar as plantações, já que os animais eram criados soltos (não havia

1º de Maio: Dia do Trabalho

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Na última postagem, perguntei se num feriado em homenagem ao Dia do Trabalho não deveríamos trabalhar mais. Como ninguém deseja isso, sugeri mudar o nome do feriado. Bom, o fato é que o mundo inteiro celebra este dia. E devido às grandes transformações no sistema produtivo nas últimas décadas, esta data é utilizada mais para se queixar pela falta de emprego do que para protestar contra a exploração. O quadro de Daumier, A Insurreição , retrata um acontecimento muito comum no século XIX: protestos de trabalhadores, que organizados em associações começaram a lutar contra as péssimas condições de trabalho e de salário. Foi neste ambiente que os ideais socialistas ganharam força cada vez mais crescente. Vale lembrar que esta data é comemorada devido ao massacre dos trabalhadores que faziam um protesto no dia 1º de Maio de 1886, na cidade de Chicago. Hoje, a razão para a data e o quadro de Daumier parece não corresponder à nossa época, ainda que as causas para Insurreição existam em mu

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