Francis Bacon e o método indutivo

Créditos da imagem: https://www.brainpickings.org

O professor de História Antiga da faculdade dizia: "Deixem de ser empíricos! É necessário dar um salto!" Eu, calouro, caipira do interior com medo de cidade grande, não entendia... Demorou, mas depois (bem depois) entendi. O professor não queria que reproduzíssemos apenas o que constava num documento. Era o que todos costumavam fazer: dizer com outras palavras o que já estava no texto ou na imagem.
Bom, quando se trata de empirismo não dá pra não falar de Francis Bacon (1561-1626). Ele não é o criador desta prática, mas a adotou plenamente, a ponto de desenvolver todo um método científico que seria trilhado pela ciência moderna: o método indutivo.
Basicamente é assim: para conhecer as coisas é necessário um método, isto é, um procedimento que procure resolver problemas práticos. Para tanto, não há como produzir um conhecimento científico sem uma pesquisa experimental. Diante de um problema real, o cientista elabora e observa experimentos que procuram responder este problema. A ciência moderna trilhou esse caminho inaugurado por Bacon. Um experimento testa uma hipótese várias vezes. Se o resultado do experimento comprova a hipótese, o problema é resolvido. A importância do método indutivo é que a partir da observação de um experimento particular se estabelece uma lei geral constante sobre aquele fenômeno ou problema. Ou seja, respeitadas as mesmas condições, o resultado tende ser o mesmo. Daí dá pra dizer que houve um conhecimento realmente científico, baseado em um método cujos resultados podem ser comprovados.

Leia também: Garoto Gorfadinha entrevista Francis Bacon

Para saber mais sobre História da Ciência:






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